O SIGNIFICADO DE MUHAMMAD (s.a.a.a.s.)

Os muçulmanos lembram no dia 28 de Safar (18/03) o falecimento do Nobre Profeta Muhammad (Deus abençoou a ele e a sua Família e os saudou). O Consolador, o Espírito da verdade, o Mensageiro de Deus, sobre cuja vinda Jesus (a.s.) havia deixado boas novas, nasceu na Arábia no ano 571 da era Cristã. À época do seu nascimento, a verdadeira religião havia sido esquecida ou distorcida em todo o mundo.

O povo entre o qual ele nasceu, os árabes ismaelitas, eram politeístas e idólatras. Eles estavam imersos em vícios e superstições de todos os tipos. Não havia nenhuma lei entre eles além da lei da selva, e, às vezes, alguns costumes tribais.

Entre essa gente, que se havia desviado a tal ponto do caminho de Deus, o Profeta Muhammad (s.a.a.a.s.) cresceu para se tornar um homem de Deus. Ele se destacava entre eles por seu caráter puro e imaculado, seu amor pela verdade e compaixão pelos pobres e pelos oprimidos. Eles o chamavam de Al-Amin, ou seja,“O Confiável, O Leal”.

À medida em que ele se tornou adulto, as superstições e maus costumes de sua gente causavam-lhe cada vez maior tristeza no espírito. Passou muitas horas em comunhão com seu Criador e em meditação sobre a meta ou objetivo da vida do homem. Ele ansiava guiar sua gente ao caminho reto, para "trazer Deus até o homem, e o homem até Deus."

Quando ele estava com quarenta anos de idade, a Luz Divina brilhou com toda a sua resplandecência no seu coração e ele foi escolhido por Deus para ser Seu Mensageiro à humanidade. Ele passou a pregar-lhes que havia um só e único Deus, o Criador Amantíssimo e Provedor de todo o Universo.

Ele os exortou a evitar todos os tipos de mal e crueldade e a amarem-se uns aos outros. Disse-lhes que a verdadeira religião consistia em livrar os outros da necessidade, do sofrimento e atuar no serviço aos semelhantes. Ensinou, também, que as cerimônias religiosas eram totalmente inúteis se elas não ensinavam nem treinavam o homem a se tornar mais probo e a trabalhar pelo bem dos outros.  

"Tens reparado em quem desmente a religião? Em quem repele o órfão, e não estimula a alimentar os necessitados? Aí, pois, dos adoradores, que são negligentes em suas orações, que as fazem por ostentação, negando-se, contudo, a prestar obséquios." (Alcorão Sagrado 107:1-7).

Ele atacou pelas raízes a falsa superioridade baseada na cor, casta, raça ou nacionalidade, declarando que todos os seres humanos eram irmãos.

No entanto, o tratamento dado ao Profeta Muhammad (s.a.a.a.s) por seu povo não foi diferente daquele dado aos profetas anteriores. Ele foi rejeitado pelas pessoas que tinham interesses escusos, que amavam o mundo material e negligenciavam a espiritualidade, e foi submetido a todo tipo de crueldades.

Muitos daqueles que acreditaram nele foram brutalmente assassinados. As tribos de Makkah juntaram-se numa tentativa de acabar com a vida dele. Após suportar tais torturas e crueldades, por treze longos anos, com paciência e indulgência quase sobre-humanas, o Profeta Muhammad (s.a.a.a.s.) finalmente emigrou para Madina, onde um grande número de pessoas já se havia convertido ao Islam e se tornado seus seguidores. Este foi o ponto decisivo de sua vida.

O povo de Madina não só acreditou nele e na sua mensagem, mas também o fez chefe do seu estado. Aqui, o Profeta Muhammad (s.a.a.a.s.), além dos seus apelos comovedores para a mudança de espírito e transformação do caráter individual, elaborou as ramificações sociais da sua mensagem.

As muitas mudanças revolucionárias que ele introduziu incluíram a elevação das mulheres a uma posição de igualdade aos homens, empreendeu a abolição da escravatura, a proibição total de todos os tipos de bebidas embriagantes e de jogos de azar, eliminação de toda e qualquer sorte de exploração, acabando com a casta sacerdotal e instituindo a liberdade religiosa para todos os indivíduos e comunidades; introduziu o mais esclarecido código de leis jamais conhecido pelo homem e estabeleceu um Estado de justiça social e uma forma de administração pública que trouxe uma graduação ideal de justiça e misericórdia.

Ele estabeleceu uma irmandade universal na qual não havia qualquer distinção com base em raça, cor, língua, riqueza ou sexo. A característica que distinguia aqueles que se filiavam à congregação era o zelo pelo serviço ao Deus único e à humanidade.

Após completar a sua missão, o Profeta Muhammad (s.a.a.a.s.), o derradeiro Profeta de Deus, deixou este mundo no ano 632 da era Cristã, legando o Sagrado Alcorão, que lhe fora revelado por Deus, e seus próprios ditos, para orientar os povos por todo o porvir.

MISSÃO DE MUHAMMAD (S.)

O Ayatollah Al-Uzmah Sayyed Ali Khamenei qualificou a Missão Divina do Nobre Mensageiro de Allah, Hadhrat Muhammad (s.a.a.a.s), como o maior evento da humanidade e congratulou toda a grande Ummah Islamiyah pela ocasião. 

O Ayatollah Khamenei disse que o remédio para todo o problema e dor do Mundo Islâmico reside na adesão às aspirações do Último Mensageiro de Allah (s.a.a.a.s.), o que consiste na habilidade de não separar religião e política e estabelecer o governo islâmico, a justiça e implementar o aperfeiçoamento moral e a educação.

 
Destacando a resoluta prática do aperfeiçoamento moral por Hadhrat Muhammad (s.a.a.a.s.) como um dos elementos primordiais de sua Missão Divina para atingir a perfeição humana, o Ayatollah Khamenei disse que o Mensageiro (s.a.a.a.s.) não ignorou, sequer por um instante, a jihad em dimensão plena, o que consiste na purificação da alma e na ação em campo de batalha. Assim, estabeleceu uma sociedade civil de ordem divina, fazendo da experiência mundana um desenvolvimento de dimensões amplas. 
 
O Líder disse que a atenção simultânea do Mensageiro Reverenciado (s.a.a.a.s.) à política, à educação e ao aprimoramento moral dos seres humanos prova que no Islã a religião está coligada à política. O Ayatollah Khamenei notou que a conduta e o desempenho do Nobre Mensageiro (s.a.a.a.s.) mostram que, no Pensamento Islâmico, não nos é permitido conceder a política e a administração da sociedade a qualquer outra guia que não seja o Islã, preenchendo nossa essência com moralidade e espiritualidade.  
 
O honorável Ayatollah Khamenei criticou a idéia desviada de separação entre religião e política, adicionando que certos indivíduos acreditam na adoração prescrita pelo Alcorão Sagrado, mas rejeitam sua política, enquanto outros confinam o Islã à política, colocando de lado a moralidade e a espiritualidade; contudo, na visão e prática do Último Mensageiro (s.a.a.a.s.), religião e governo, moralidade e estado originam-se de uma fonte comum, qual seja, a Revelação Divina e o Alcorão. “A Ummah Islâmica deve perceber esse ponto e colocá-lo em prática. Ele provê a cura para toda a dor das nações islâmicas”, disse o Líder.