Ao mesmo tempo em que saudamos os nossos irmãos cristãos pela celebração do nascimento do Profeta Jesus (a.s.), lembramos neste dia uma data muito importante para os muçulmanos, que é o dia do Martírio de Fátima bint Muhammad bin Abdullah, a querida Sayidatu Nissa’a al-‘Alamin. Trata-se do martírio de Fátima, filha do Profeta (S), também chamada “Azzahrá”, a Senhora das Mulheres do Paraíso.

Fátima (a.s.) não foi apenas filha do Mensageiro de Deus (S). Foi sua apoiadora, seu esteio firme, sua confidente, sua conselheira, sua cuidadora. O amor de Muhammad (S) por sua filha e o respeito que nutria por ela eram tão grandes que, quando chegava em casa, a cumprimentava assim: “Assalamo aleika ya umm abik!”, ou seja, “Que a paz esteja contigo, ó, mãe de teu pai”.

Fátima (a.s.) – um nome santo que se popularizou, também, entre os cristãos – foi a grande defensora de seu pai e do Islã. Foi o paradigma da mulher muçulmana: recatada sem ser inativa, contida sem ser inerte, lutando a luta do argumento inteligente e decisivo. Por meio do santo matrimônio que contraiu com o Imam Ali (a.s.), legou não só a seu pai, mas a toda a humanidade, os imames Al Hassan e Al Hussein – que a paz esteja com ambos.

Contudo, apesar de seu papel fundamental no suporte ao surgimento, fortalecimento e propagação do Islã, não teve sua figura respeitada. Após o falecimento de seu Santo Pai (S), as amarras daqueles invejosos e corruptos que estavam contidos pela presença de Muhammad (S) se soltaram e o desrespeito campeou, afetando profundamente sua psique. De desgosto, ela faleceu, desejando ser sepultada em segredo, para que ninguém – especialmente os hipócritas – chorassem sobre seu túmulo.

Apesar disso, suas palavras, valores, ensinamentos, práticas e honorabilidade permaneceram, inspirando muçulmanos e muçulmanas de várias gerações e em todo o planeta, até os dias de hoje.P